sábado, 15 de novembro de 2014

Samboleria dos dias





Quanta gente some e desarvoramos. Quanta vida começa e recomeça.
Não sei se estou certo de que somente um mentiroso basta. Talvez precise de outro para fazer-me companhia. Tornar meus dias mais verdadeiros, sendo o exagero de mentiras quase uma verdade.

Também não quero mais que um paraíso. Isso, mesmo que pareça, é só o que eu preciso. Além dele está o amor possível. Uma conspiração universal. Cheio de verdades mentirosas, contratos feitos com o tempo e desfeitos com o nada.
Sinais de uma chama de fogo. Uma negação da solidão. Uma releitura da coragem. Brasa vista pela quimera de um encantado de mina. De um ouro indicador de recomeço.

A tua poesia é uma tela de cinema. Uma garganta por onde passa todas as canções e de onde nenhuma volta. Tudo que é bom, depois que foi, não volta. O mundo dá asas aos talentos e eles viram do mundo.
A tua criação é tão tua que chega a ser do mundo. Um presente para nós, meros mortais. Uma samboleria dos dias ensandecidos. Normais de loucura. Bêbedos de Villeroy.

Que honra a arte da tua composição adentrar os meus ouvidos. A alumiação estridente do silêncio ensurdecedor das tuas criações reflete uma sinestesia que só a tua alma é capaz de transpassar pela música e pela voz.
Uma samboleria de talentos. 

Uma homenagem ao talentoso Antonio Villeroy!

THIANE ÁVILA.

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